terça-feira, 5 de junho de 2012

Mães e seu modus-operandi

Por Thomaz Ambrosio

Você já passou por aquela situação onde, ingenuamente, esqueceu a luz de algum dos cômodos da casa ligada, e sua mãe veio gritando atrás de você e usando frases do tipo ''não sou sócia da light'' ou ''dinheiro não da em árvore'', não é? Não? Para de mentir, claro que já passou! Todos nós, na verdade. Porque os seres humanos do sexo feminino são diferentes até se tornarem mães; a partir daí meu amigo, ficam muito parecidos. Inclusive, ''mãe'' é um termo que não se restringe apenas a nós, primos dos macacos. Tudo tem mãe! Os animais tem mãe, Jesus tem mãe, computador tem (placa) mãe, e por aí vai. Pensando bem, acho que argentino não tem não.

Além de sua popularidade, as mães gozam do poder da onipresença e da telepatia, ou leitura de mentes (esse último funciona apenas com os próprios filhos). Esses poderes permitem a elas saber exatamente o que você fez, porque você fez e como você fez QUALQUER coisa. Ou seja, se você acha que enganou sua mãe aquela vez que você chegou bêbado em casa e negou seu estado de embriaguez, saiba que ela apenas foi legal com você, porque ela certamente percebeu. Ah, esqueci de mencionar o poder de distorcer/negar tudo que você disser numa discussão, para usá-la contra você na discussão seguinte. Essas habilidades especiais, além, claro, do amor incondicional (dependendo do filho essa é a maior de todas), tornam nossas mães pessoas muito especiais e difíceis de lidar, e esses dotes muitas vezes geram problemas. Quando ela gritar com você, por exemplo, ''abraçá-la e se desculpar'', na teoria, é uma solução muito boa.

Suzane von Richthofen também tem muito a falar sobre a mãe

Porém, diferente de Augusto Cury, você é gente! E ela, apesar de mãe, continua sendo gente também. Então, caso você siga as ideias desse cara, vai acabar como escravo dela, sujeito a todo e qualquer tipo de pedido. E mesmo que esse método Augusto Cury de lidar com a mãe funcionasse, na hora que ela te dá a surra de cinto pela toalha molhada em cima da cama, ou manda você limpar o cocô do cachorro as 10h da manhã de um domingo, a última coisa que passa pela sua cabeça é ''dar um abraço'', ou algo do tipo. E você também não deveria se sentir culpado, porque afinal, mesmo sendo a bondade em pessoa, elas sentem prazer em dar bronca/esporro. É como um esporte! Então, meu caro amigo, não perca seu tempo tentando entendê-la ou decifrá-la, e muito menos pense que algum dia você poderá vencê-la...

– Aí, mãe, como é mesmo aquela coisa que você, digo, vossa senhoria magnânima sempre fala sobre as mães? Alguma coisa de “foi e voltou com um prato”... Ou seria “três vezes de trigo para três tigres tristes”?
 – Ai, filho, você saiu ameba que nem seu pai, aquele porco que deixa a toalha molhada em cima da cama... A frase é “Nunca tente enganar sua mãe, meu filho. Quando você vai, ela já foi e voltou três vezes...”.
– Valeu mãe! Era a frase que faltava pra eu terminar meu texto!

...Porque quando você vai, ela já foi e voltou três vezes.

– A propósito, sobre o que é seu texto, meu filho?
– Futebol, mãe. Futebol.


O texto de hoje foi escrito pelo meu amigo Thomaz, que me prometeu um Vale de 1 Milhão de Cruzeiros se eu deixasse ele postar aqui. Mesmo que o Cruzeiro não esteja mais em circulação, eu me amarrei na proposta dele. Se você quiser seguir o exemplo do Thomaz e libertar seu lado "Augusto Cury", mande seu texto para bernardo.peixoto.mello@gmail.com, apresentando uma proposta tão maneira quanto a dele.

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